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1 de julho de 2009

Um trovão....

O dia acordou solarengo. Vesti o vestido mais leve que tinha no armário. Os raios de sol a incidir na minha pele, faziam-me sentir feliz. O dia iniciava-se com um sorriso.... Sim iniciava-se porque com o passar das horas o sol foi desaparecendo e o céu ficando escuro. Quando olhei para o relógio, os ponteiros marcavam 18h30... Já estava no fim do expediente e ainda tinha tantos e-mails para ler e tantas chamadas para retribuir.
O céu ia ficando cada vez mais escuro mas o ar estava abafado. O tempo começou a mexer comigo e com o meu estado de espirito. Criou em mim uma inquietude que me estremeceu quando começou a trovejar. Os trovões secos que caiam estremeciam todo o meu corpo. Deixando que toda a minha pele fica-se completamente arrepiada....
O escritorio estava vazio. Aproveitei para descalçar as sandálias e " assaltar" o frigorifico. O som dos trovões fez-me salivar por algo doce, gelado e de preferencia com chocolate. Abri a porta do frigorifico e saltou logo aos meus olhos uma caixa de magnuns de amêndoa.... Não resisti....
Tirei um e vim-me deliciar para a minha sala. Sentei-me na beira da janela a olhar para os raios e a deixar que o meu corpo se envolve-se com aquela força da natureza.....Cada dentada, cada trovão... a pele sensivel a todo este ambiente.
Eis senao quando sinto uma mão nas minhas costas, no meu ombro... Era uma mão quente, grande e que apertava o ombro com suavidade... Estava tão envolvida com as forças da natureza que não ouvi a porta bater... Um colega de escritório que tinha voltado depois de um dia longo de diligencias numa terreola no interior do país. Apanhou-me completamente de surpresa e com a sensibilidade a flor da pele... Ele trazia a camisa colada ao corpo deixando transparecer os abdominais firmes e bem definidos. A entrada dele fez-me descer da janela e sentar-me na cadeira timidamente....Mas a pele continuava arrepiada e sensivel....Depois da conversa banal e rotineira sobre o dia de trabalho, eis que surge um elogio ao meu vestido. Habituado sempre a ver-me de fato nao resitiu a comentar o meu espirito livre.... Enquanto pedia desculpa pelo elogio, os seus olhos mostravam que queria mais, as suas mãos transpiravam e tentava-me explicar o porque de ter arriscado semelhante elogio.....
Imbuida desta trovoada seca, deixei-o de o ouvir. Somente ouvia os trovões secos que me estremeciam o corpo. E nesse impeto, saltei da cadeira, encostei-o a estante dos livros e comecei a despi-lo a uma velocidade tremenda..... Os olhos dele estavam completamente esgazeados...Não fez resistência e anuiu ao meu impeto.... Enconstados contra livros, capas e folhas, envolvemo-nos de forma fugaz e dilacerante como um raio. A trovoada fazia quer ir mais e mais e mais.... até que em simbiose com a trovoada o orgasmo surgiu. Foi bom!!!!
Depois deste acto, olhei pra ele e sorri. Arranjei-me, peguei na carteira, peguei no gelado deixado a meio e sai dizendo um até amanha super sorridente... Ele continuo abismado e encostado a parede....
Ao entrar no carro a trovoada parou e apareceu um arco-iris.... e o radio tocava Somewhere over the rainbow...

Love is a fast food....

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