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23 de dezembro de 2009

Feliz Natal


Love is a fast food deseja a todos um Feliz Natal!

17 de dezembro de 2009

uma questao de amor proprio

Há dias que se seguem de forma estranhamente igual. Mas outros dias existem que por milagre se tornam deliciosamente diferentes. Hoje foi um desses dias. Chegada ao escritorio e iniciada a jornada, sou presenteada por um telefonema que ha muito desejava. Telefonou-me um velho amigo, de quem a memoria me incendeia a mais pequena da molecula. Foi entre conversas e sorrisos que sem pudor disse: "Caramba pa continuas a excitar-me como antigamente" Mas tudo que é bom é interrompido por coisas menos simpaticas o trabalho exigia-me concentração e a chamada telefonica teve de ser interrompida.
Porém durante todo o dia viam-me a memoria momentos vividos no passado. Momentos de cheiro a sexo e devaneios de prazer. Momentos que so a memoria os mantem pois o corpo ha muito os perdeu. E todo o dia fui visitada pela aquela voz rouca que de manha me tinha acicutado o desejo com palavras indecentes e propostas irrecusaveis.
O dia chegou rapido ao fim.
De regresso para casa no calor do meu carro, as memorias de conversas indecentes voltaram de forma ainda mais persistente. Deixei que a minha mao desliza-se por entre as minhas coxas e senti o caLor do momento. Levada pelo devaneio fui-me acariciando entre pensamentos e desejos. Perdi o sentido do destino. Provavelmente o carro sabia o seu e guiou-me enquanto eu deixei que a minha vontade fosse guiada e saciada pelos toques cada vez mais rapidos da minha propria mao.... Devaneios... Deliciosos devaneios que o meu corpo deixa arrepiar. Num estremecer acordei e estava na portagem. Nada como um dia diferente. Nada como amor proprio, num lugar suspeito e impensável....

Love is a fast food

13 de dezembro de 2009

I´m dreaming of a white Christmas.....

O natal aproxima-se e como tal aumenta a necessidade de ultimar os pormenores da altura: presentes, decoração, confecção de doces e afins...Assim sendo, aproveitei o fim-de-semana para ir a cave procurar o pinheiro de Natal. Depois de uma luta feroz com o pó lá o encontrei entre objectos antigos que remeto para as prateleiras da garagem. Juntamente com a caixa do pinheiro, encontrava-se a caixa dos enfeites natalicios. Peguei nas duas caixas e encaminhei-me para o elevador. Devido a altura das caixas a minha visão tornou-se exigua originando um empurrão, inconsciente e trágico, num vizinho. Inconsciente porque não o queria fazer e trágico porque como consequencia do empurrão as caixas caíram e alguns enfeites partiram-se. Depois de pedir imensas vezes desculpa, encaminhei-me para casa cheia de vergonha com o meu desastre.

Como estava aborrrecida, somente pousei as caixas e dirigi-me para a cozinha para fazer o almoço mas antes não resisti a colocar um cd de músicas de natal. Enquanto ouvia as belas músicas natalicias, ia cozinhando... e assim foi até a campainha tocar. Espreitei pelo oculo da porta e para meu espanto era o vizinho empurrado. Abri a porta na expectativa de descobrir o que este pretendia. Para minha surpresa este trazia uma caixa com bolas de natal. Segundo ele, tinha enfeites de natal em excesso e devido ao meu desastre entendeu que ia precisar de uma ajuda extra. Achei o seu acto generoso... mais concretamente um acto de natal. Não hesitei em convida-lo a entrar, a almoçar e porque não a ajudar-me a montar a arvore. Este assentiu e enquanto eu completava o almoço, este começou a montar a arvore. Entre a cozinha e a sala, a arvore foi nascendo luminosa, brilhante e radiosa. A montagem da arvore continuou, após o almoço, mas agora a quatro mãos. Fomos colocando os dois as bolas, as fitas, as luzes e quando demos conta os fios das luzes tinham-nos prendido um ao outro. O que provocou uma queda... Queda essa em que fiquei por cima...e em vez de ficar atrapalhada, imbuida de um espirito estranho, não resisti a beijar os seus lábios. E a verdade é que através de um beijo outro se seguiu e assim sucessivamente. Por momentos esquecemos a arvore de natal , e entre bolas fitas e luzes, o ambiente encaminhou-se para uma noite feliz ao som de músicas calmas de natal... Sempre pensando na continuação de uma noite feliz e cantando I’m dreaming of a white christmas........

Love is a fast food

17 de novembro de 2009

Palavras.....


O carro avariou. Um dia cheio de reuniões. Precisei da tua boa vontade. No fim do dia, levaste-me a casa. No caminho falamos de trabalho, de conspirações, de feitios, de vidas.... Sem dúvida um caminho curto mas tantos temas. Estacionaste a minha porta, desligaste o carro e enquanto fumavas mais um cigarro fomos continuando a falar. Tu falaste das tuas experiências e eu das minhas. Tu falaste das tuas relações e eu das minhas. Tu falaste da minha maneira de ver o mundo e disse-te o que pensava de ti...
Imbuídos das palavras, continuaste a fumar e a conversa a desenrolar. Por breves momentos, interrompias a conversa para comentar os carros que iam estacionando e as miúdas que, por vezes, saiam dele. Olhava-te com recriminação e dizia: homens.... Mas logo encadeavas o fio da conversa sem ligar as minhas divagações. As horas foram passando e quando demos conta já estavamos ali estacionados há mais de duas horas. A noite tinha de continuar e só tinhamos duas soluções: ou entravamos os dois ou deixava-te seguir o teu rumo.... Continuamos a usar milhentas palavras para decidir e eis que decidimos que cada um segue o seu rumo....

"Trocamos as palavras mais escondidas e só a noite arranca sem doer.Seremos cúmplices o resto da vida ou talvez só até amanhecer...."
Love is a fast food

6 de novembro de 2009

Nok Nok...


Nok…Nok…

Eram já duas da manhã, mas aquele ruído cortou o silêncio dessa noite chuvosa.

Estava de viagem para casa depois de um dia de trabalho rematado com palestras académicas.

O som ligou-me de novo ao mundo. Tinha acabado de entrar uma mensagem. Li…e um frenesim de sensações desassossegaram-me aquela madrugada.

Fui arrebatada pela provocação “desejo-te”. Senti o meu corpo trémulo e tive vontade de fazer uma inversão de marcha e correr para esse lume.

Sabias perfeitamente como me provocares. Como por magia todas as ilusões e desejos foram acordados. E mais um Nok…Nok….

“sinto que o teu calor me deseja”

Pedias-me para correr para o teu colo. Lembrei-me das tuas mãos fortes e firmes e desejei senti-las envolver a minha cintura. Perdi-me em plenos de pensamentos voluptuosos ardentes de desejo. Queria as tuas coxas junto às minhas.

Inverti a marcha e acelerei para ti. O meu pensamento encheu-se de paixão e nada mais fazia sentido. Nem a chuva, nem a obrigação de voltar para casa.

Levada pelo desejo de sentir o teu poder, corri.

Esperavas-me com uma flute de champanhe e a nossa madrugada perdeu-se num tempo de paixões.

Love is a fast food

24 de outubro de 2009

Uma cama de ferro.....


Uma noite que prometia ser louca. Prometia ser de loucura atras de loucura.... Depois de um jantar glamouroso e fantastico. A mistura do alcool e da hormonas, fizeram com que nos entrelaçassemos. Enrolamos, enrolamos, enrolamos, e decidimos saltar para o quarto....Os movimentos foram aquecendo.... Tu decidiste aplicar um creme que prolonga o orgasmo, e eu comecei a arder de desejo. Pedia-te com fervor: nao pares, nao pares e entra dentro de mim. Nesse preciso momento a força do desejo misturada com a força animica dos corpos, fez com que a cama de ferro, onde adorava prender-te com algemas, se racha-se a meio.
Tu aflito dizias: Temos de compor a cama e eu ardendo dizia: puxa o colchao para lado porque....


Love is a fast food

21 de outubro de 2009

Chuvas de Outono


As primeiras chuvas são sempre as mais complicadas.

Ainda estamos habituados à levezas das vestes de verão. Ainda não temos o verdadeiro apelo pelas camisolas da lã e o chocolate quente a meia do dia.

São as chuvas mornas do Outono que de forma matreira pintalgam o céus de mil cores.

Eram já 16h havia ficado perdida na estética de uma escultura na loja da Maria. Bem na baixa do Porto num dos mais emblemáticos e românticos edifício da cidade. O tempo voara naquela tare cinzenta de finais de Outubro. Do vidro da galeria via a ameaça de chuva. Tinha de me ir embora. Coloquei o xaile sobre a cabeça, peguei na minha nova escultura e sai.

Mas mal sai logo o tempo me atraiçoou. Começara a chover vivamente. De mãos ocupadas pouco podia fazer por mim se não correr para o estacionamento. Corria por de baixo daquela chuva fugindo dos transeuntes. Corria junto dos edifícios abrigando-me como podia. Ainda faltava um quarteirão para o estacionamento e a chuva não abrandava nem um pouco.

Sem me dar conta choquei contra uma pessoa. Caiu-me tudo o que transportava ao chão. E num só tempo baixei-me. Olhei em frente e fiquei estarrecida.

Mas nada mais sentia. Apenas aqueles olhos verdes fixados nos meus. Até que fui acordada por uma voz rouca e quente que me interpelava “ Está bem?”.

Estou bem? ... Não sei.

Estou completamente molhada.

Senti então a força dele que me auxiliava a levantar “ vamos sair daqui estamos ambos molhados”… “ o meu ateliê é nas águas furtadas deste prédio”

Segui de forma hipnótica a sugestão.

As suas mãos suaves e firmes guiaram -me até ao ateliê.

Das mãos retirou-me a carteira e o xaile da cabeça é “melhor secar-se”, pegou numa toalha e fê-la deslizar docemente sob os meus cabelos. Estava plenamente hipnotizada pelos seus olhos verdes e deixei-me levar pelos sue movimentos.

Ainda hoje não sei o seu nome.

Era escultor e como escultor me secou e moldou o meu corpo à arte dos afectos.

E na memória me esculpiu um cálido fim de tarde de Outono numas águas furtadas da cidade do Porto.

Love is a fast food

26 de setembro de 2009

Saida de emergencia....


Love is a fast food em qualquer parte do país ou do mundo. Love is a fast food na cama, na praia, na sala, no cinema ou mesmo na estrada. Love is a fast food.... mas será um desejo de momento? um desejo calórico? um desejo hormonal?
Independentemente do seu significado, ontem foi um desejo de momento. Estamos a chegar ao Outono mas o calor teima em ficar nos nossos corpos. Mesmo com o ar condicionado ligado, o calor de dois corpos dentro de um carro dilata todas as hormonas.... Com as tuas mãos foste subindo a saia e tornando dificil condução. Foste me dizendo palavras apetitosas ao ouvido, mordiscando o lobulo da orelha e bejihando o pescoço... deixando-me completamente arrepiada. Tu sabes que isso me deixa arrepiada... Aumenntaste em mim a vontade de parar o carro. Mas em plena tarde,levanta-se a questão: onde, como? Impossivel parar numa estaçao de serviço e num acto de loucura decidimos para o carro no cimo de uma saida de emergencia. Ai não aguentamos: despimo-nos, amamo-nos e no fim de libertarmos as energias... conduzimo-nos ate a proxima estação de serviço para beber uma agua...

Love is a fast food

7 de setembro de 2009

Salpicos na areia

O meu conceito de praia é distinto de muitos portugueses. Detesto ficar deitada ao sol o dia inteiro a torrar. Gosto de ter as minhas doses de sol a incidir no corpo. Num desses dias, deitada na praia com uns amigos, ouvia ao longe os amigos a falar…. Mas conversa estava estragada e não me apeteceu intervir. Estiquei ao máximo na toalha enquanto apreciava o calor do sol e ouvi o telemóvel tocar. Era o toque tipo de sms…. Abri a tampa e era uma mensagem escrita de um amigo de longa data que só se lembrava de mim quando virava “lobo”. Não resisti a gargalhar com a sua mensagem pois queria saber onde estava e se estava bem. Depois de um curto espaço de tempo a trocar sms banais , pede-me que lhe envie uma foto minha de biquíni… Resisti! Ele co-argumentou que naquele dia se sentia um lobo esfomeado, todo o seu corpo ardia e precisava urgentemente de afogar essa ardência. Aconselhei-o a tomar chá ou mesmo até a tomar um banho de água fria. Mas o lobo era tramado e insistia por sms e com o envio de fotos suas. As fotos, essas, deixavam-me coradas só de olhar… quanto mais imaginar entrar num jogo de histórias por sms… Decidi tornar a conversa mais excitante, bastou comentar para a toalha ao lado: olha a foto que me mandaram…. Quando dei por mim a minha volta estava reunido o meu grupo de amigas que foi comigo até a praia naquele dia. Decidimos dar-lhe baile e alimentar aquela vontade de comer….. A troca de sms aqueceu… ele aqueceu e o sol aquecia-me o corpo a mim. Apesar de a brincadeira se ter estendido a mais duas amigas a verdade é que as palavras dele me aqueciam a mim…. E para alem das mensagens as fotos continuam e o pedido de fotos minhas também… ao fim de vinte minutos de calor, mandei-lhe uma foto das três em biquini…. A resposta dele aumentou-me o desejo: De todas tu és a luxuria a cintilar nos cravos de Abril e seria pecado não sucumbir ao teu sex-appeal…..O meu corpo electrizou, aqueceu…. Levantei-me da toalha e corri a beira da agua com os cabelos a esvoaçar ao vento e com os salpicos da agua a tocar-me no corpo. Em cada salpico senti aquele lobo esfomeado e só me apetecia gritar eu sou uma loba malvada…….

Love is a fast food


25 de agosto de 2009

Fonte de vida

Tinha tido um dia super cansativo. Há três dias atrás, o meu pai havia tido um enfarte e estava prostado na cama do hospital. Tinham sido três dias de inferno. Correrias acima e abaixo entre consultas e opinioes médicas para obter o resutado mais aceitável e digno para aquele que é o homem mais importante da minha vida. Era meia-noite e estava exausta. Precisava de um ombro amigo para falar. Sentia o corpo preguiçoso de tão cansado estar. Lembrei-me do meu amigo Francisco, aquele que esta la sempre quando é necessário. Tem sempre a porta aberta e uma vontade imensa de me fazer sorrir. Nem de proposito a mulher e os filhos tinham ido de férias para casa dos pais. Estava um calor de morrer.
Abriu-me a porta de casa, cheirou-me a terra molhada pois ainda sentia o cheiro do jardim molhado da rega da meia-noite. Trocamos uns olhares. Nem falamos. Sussurou-me enquanto me cumprimentava: Sei o que precisas. Vai ate a piscina e descontrai. Trouxe-me um copo de uísque e voltou para dentro. Mimava-me ao piano com um daquelas músicas que me relaxavam. Foi bebendo gole a gole e descontraindo na espreguiçadeira. Fui bebendo gole a gole e deixando para trás cada segundo extenuante dos ultimos três dias. E a cada problema deixado uma sensação de leveza.Fui tirando a roupa.... Coloquei-me a vontade e entrei na piscina ao som da melodia daquele piano que lentamente se silenciava. Deixando de ouvir melodia de Chopin, apenas passei a ouvir e a sentir a melodia da água da piscina. Completamente nus fomos dançando de forma envolvente o hino de uma noite calma de Verão no fim de um dia cansativo. Rolamos naquela agua quente e deixamos confundir-nos com o elemento natural da nossa existência. Por momentos eramos um. Nessa altura perguntou-me: Ta tudo bem contigo? Ao que respondi: Agora esta. Ja me posso ir embora. Esta é a fonte da minha energia

Love is a fast food

24 de agosto de 2009

Besame mucho.....

Continuaste a assediar-me com a ida a Buenos Aires. Todos os dias me enviavas por e-mail, correio ou mesmo através de um estafeta música latina, fotografias de Buenos Aires ou até inscrições para aulas de tango. Porém um dia o convite foi mais aliciante, enviaste-me uma passagem para dois para Buenos Aires. Quando abri o envelope oscilei num passo de bolero e pensei: uns dias de boleros, tangos e momentos tórridos.
No dia marcado, a hora marcada, encontramo-nos no aeroporto. Deste um beijo na face enquanto me apalpavas discretamente o corpo. Sorri mas com um sorriso maroto. Depois de todos os procedimentos, instalamo-nos no avião. O avião levantou voo e a minha imaginação também. Já me estava a imaginar com o meu vestido vermelho contigo a dançar por terras argentinas. Durante a viagem fomos falando, dormitando mas as horas pareciam demorar a passsar....Estava a ficar impaciente e tu dormias. Comecei a olhar a minha volta e observei um rapaz. Cruzamos olhares várias vezes. Deviamos ser os unicos acordados no avião. A maioria da tripulação dormia. Mas aquele chico, como decidi chamar-lhe, mostrava nos olhos a mesma ansiedade que eu. O seus traços mostravam-me que não era portugues e uma observação mais cuidada deu para perceber que lia um livro escrito em espanhol. Não resisti a continuar a olhar para ele. Fixamos os olhos um no outro imenso tempo. Até que acordaste e me cortaste o campo de visão. Acordaste cheio de energia e num acto de loucura começaste a beijar-me. Completamente apanhada desprevenida, surdinaste-me ao ouvido: até onde vamos? esta tudo a dormir.. Mas eu sabia que o chico esta acordado. Enquanto me ias beijando o pescoço reparei que ele continuava a olhar pra mim.... Num momento inesperado de loucura acenei-lhe e convidei-o a juntar-se a nós...Quando dei por mim esta envolvida numa relação a três nos bancos de um avião. A media luz sentia as mãos deles a percorrerem-me o corpo e a desejarem com imensa loucura. Mais os dois homens surdinavam-me ao ouvido de forma desperada e excitada, como se de uma competição se tratasse: besame, besame mucho como si fuera esta noche la ultima vez....

Love is a fast food....

10 de agosto de 2009

Quizas, Quizas, Quizas…….


Siempre que me preguntas: Que, Cuando, como y donde? yo siempre te respondo: Quizas, Quizas, Quizas….. Y así pasan los dias, Y tu, desesperando, Y yo, yo contestando: Quizás, quizás, quizás. Estás perdiendo el tiempo pensando, pensando…. Por lo que más tú quieras: Quizas, Quizas….

Sempre que me ligas é esta a música do nosso diálogo. Insistes. Insistes. Insistes. Eu digo-te sempre quizas, quizas, quizas….Mas ontem foste mais rápido que a minha resposta… O telemóvel tocou. Olhei para o visor e resisti a atender… Tornou a tocar. Atirei com o telemóvel para debaixo da almofada. Não me apetecia estragar o serão. Deitada no sofá, acompanhada por um copo de vinho, um bom livro e um fundo musical leve como o meu vestido preto…..O telemóvel sossegou mas o serão foi estragado pela campainha. Deslizei descalça em direcção à porta. Olhei pelo visor e vi que eras tu… Tentei ignorar-te mas tu insistias. Abri a porta e sorri. Mas tu estavas estranho: vestido de fato preto com uma rosa na boca e com um cd na mão. Nem me cumprimentaste. Correste para a sala, bebeste um gole do meu copo de vinho, mudaste a música, tiraste o casaco e num ápice agarraste-me para um passo de dança… Fiquei inerte perante tal atitude. Mas rapidamente dei uma gargalhada… A musica que envolvia a sala era o nosso dialogo: Quizas, quizas…. Embalada pelo som do bolero dancei a volta da sala e deixei-me absorver pelo espírito latino que transpirava da tua pele. Porém antes do bolero chegar ao fim não resististe a roubar-me um beijo. E quando dei por mim entre boleros e tangos os nossos corpos dançaram em cima do sofá e incorpados por um belo vinho…..Agora quando me ligas já não te respondo quizas quizas mas antes…. Quando me levas a Buenos Aires?


Love is a fast food…..