As saudades eram mais do que muitas.
Havíamos combinado um milhão de vezes de nos voltarmos a encontrar, porém os tempos e as vontades afastavam-nos cada vez mais. Mas no silêncio dos nossos pensamentos amordaçava-se um “desejo-te”.
Ligaste. Trocamos memórias e vontades ocultas. Falamos da vida e do que nos aborrecia até que se soltou “preciso de ti, já não aguento as saudades que sinto de ti”.
- Almoçamos amanhã?
- Parece-me bem.
Num reencontro patético as nossas mãos tocaram-se e os nossos corpos estremeceram.
- Vamos almoçar, ou…(disse)
- …vamos namorar preciso de ti. (completou)
Tocou-me nos lábios com ternura e pude sentir o calor do seu desejo. Conduziu-me há casa da mata e mesmo antes de entrar os nossos lábios colaram-se em beijos quentes. O calor dos seus grossos lábios estimularam-me o desejo e a vontade de nos possuirmos tomou forma e contornes irreversíveis.
Não necessitávamos de falar. Já havia passado muito tempo desde o nosso ultimo encontro, mas naquele instante dissipou-se a distância e as palavras nada acresciam ao calor dos nossos corpos. Senti como se fosse a primeira vez que o possuía. As suas mãos guiaram os meus sentidos e o seu corpo envolve-me de prazer.
No silêncio dos abraços, no calor dos nossos lábios ali ficamos levados no gozo desse instante esquecidos do mundo e das obrigações.
- Fazes-me falta. (disse-me)
- Tinha saudades tuas. (retorqui)
- É muito bom sentir-te.
E ficamos calados sem tempo ou espaços…
Já tinha saudade.
Love is a fast food
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